Público alvo é constituído de 3,9 milhões de pessoas do grupo prioritário
A campanha que acontece de 15 a 26 de abril tem como objetivo reduzir a mortalidade, as complicações e as internações decorrentes das infecções pelo vírus da influenza nos grupos prioritários. Além de pessoas com 60 anos ou mais de idade, estão neste grupo os trabalhadores de saúde que exercem suas atividades em unidades que fazem atendimento para a influenza, os povos indígenas, as crianças na faixa etária de seis meses aos menores de dois anos, as gestantes, as puérperas (até 45 dias após o parto), os portadores de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais e a população privada de liberdade.
Em Minas o público alvo representará aproximadamente 3,9 milhões, num investimento de R$ 2,7 milhões. Com o slogan "Não Vacile! Vacine-se", a Secretaria de Saúde disponibilizará a vacina em 5,5 mil postos fixos e volantes, 13 mil profissionais e 1.525 veículos.
Com 4,3 milhões de doses destinadas para o Estado, a meta continua a mesma dos anos anteriores: vacinar 80% dos grupos prioritários. A vacina é composta por diferentes cepas do vírus Myxovirus influenzae inativados, fragmentados e purificados.
INFECÇÃO - A influenza constitui-se em uma das grandes preocupações das autoridades sanitárias, devido ao seu impacto na mortalidade decorrente das suas variações antigênicas cíclicas sazonais.
A transmissão ocorre por meio de secreções das vias respiratórias da pessoa contaminada ao falar, tossir, espirrar ou pelas mãos, que após contato com superfícies recém contaminadas por secreções respiratórias podem levar o agente infeccioso direto a boca, aos olhos e ao nariz.
Os vírus influenza são da família dos Ortomixovirus e subdividem-se em três tipos: A, B e C, de acordo com sua diversidade antigênica, podendo sofrer mutações. Os vírus A e B são responsáveis por epidemias de doenças respiratórias que ocorrem em quase todos os invernos, com duração de quatro a seis semanas e frequentemente associadas com o aumento das taxas de hospitalização e morte.
Os sintomas são semelhantes aos do resfriado, que se caracterizam pelo comprometimento das vias aéreas superiores. A maioria das pessoas infectadas se recupera dentro de uma a duas semanas sem a necessidade de tratamento médico. No entanto, nas crianças muito pequenas, idosos e portadores de quadros clínicos especiais, a infecção pode levar a formas clinicamente graves, pneumonia e morte.
CONTRA INDICAÇÕES - A vacina contra a influenza sazonal e pandêmica não deve ser administrada em: pessoas com história de reação anafilática prévia ou alergia severa relacionada a ovo de galinha e seus derivados, assim como a qualquer componente da vacina;
Pessoas que apresentaram reações anafiláticas graves a doses anteriores também contraindicam doses subsequentes.
Em doenças agudas febris moderadas ou graves, recomenda-se adiar a vacinação até a resolução do quadro com o intuito de não se atribuir à vacina a manifestação. Para pessoas com história pregressa de síndrome de Guillain Barré - SGB, recomenda-se realizar avaliação médica criteriosa de risco-benefício da vacina.
Entre eventos adversos pós aplicação estão: dor no local da aplicação, eritema e enduração ocorrem em 10% a 64% dos pacientes. São benignas e autolimitadas geralmente resolvidas em 48 horas. Febre, mal estar e mialgia podem começar entre 6 e 12 horas após a vacinação e persistir por um a dois dias. Manifestações de hipersensibilidade são raras.